O branco do céu morde os calcanhares do edifício. Mesmas cores, tonalidades diferentes, que, ao serem observadas por instantes maiores, geram a sensação desconfortavel de que o prédio virá, inevitavelmente, a ser dissolvido pelo charmoso evento climático - digo, pelas nuvens - hoje o tempo está encoberto.
De alguma forma, chego ao pensamento de que caminhamos como cegos nessa vida. Acordamos tomando café que não sabemos de onde veio, nossos veiculos (publicos ou privados) sao abastecidos com combustíveis que nao sabemos de onde, ou como veio. Trabalhamos com equipamentos que nao sabemos quem fabricou, ou de onde ou como vieram. E a infinidade de absurdos pode seguir numa lista sem fim - numa analise nao muito longa, descobriremos que nao sabemos absolutamente nada sobre tudo o que usamos.
Uma sociedade cega sobre tudo que a alimenta! É tao absurdo que poderia ser um mito de uma desgraçada sociedade longíngua, mas esta acontecendo aqui e agora.
Nossa tao digna vida nao passa de uma jornada cega atrás de ilusões projetadas por outros e entretecidas com nossas próprias.
O flagelo deve continuar enquanto optarmos pelo “não ver”, enquanto navegarmos numa sociedade há tempos encoberta.
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