Esta tambem, de 5 anos atras.
——
Na madrugada, o reflexo no espelho não significa nada, mas logo abaixo, os dedos que se dobram parecem estar em câmera lenta. Andar quase se torna um martírio. Um pé após o outro. Um. Depois outro. Essa melancolia que reveste o ar, abafa os sons, enrreda o coração. Tléck, a luz se apaga e a escuridão atrás é a mesma logo a frente.
A dor equalizada perfeitamente para não matar. Tortura. Ela não pode morrer.
Como um verme infeliz arrasta-se à janela. Lua minguante, imprópria para feitiços do amor. E o que é próprio, além dos nomes fúteis?
Se tudo se desfaz, se tudo é uma fase - ela pensa - esta também passará.
Mas não se esqueça que a dor é intermitente! - a vózinha sílfide irritante.
É possível visitar as entidades insanas e voltar?
Qual o limite da dor?
Os mestres dizem que quando se está no limite ainda restam 10% de forças. Isso para tudo.
Nos infinitos 10% busco teus olhos rasgados. Xamânicos. Nos imensuráveis 10% os diálogos curtos.
Esperança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário