Tudo me leva a crer que a troca deve acontecer naturalmente. Duas pessoas se apaixonam, imperceptivelmente baixam sua guarda e passam a agir em consonância uma pela outra através de gestos. A partir do momento em que é necessário pedir é preciso prestar atenção.
Pedir não é um grande problema, mas pode resultar em duas coisas: mudança, ou não.
Quando a mudança não vem, as análises começam a ficar desconfortáveis.
Relacionar-se é um troca, quem aqui discorda? Uma troca que vai ocorrer naturalmente.
Mas, tenho me deparado com pessoas que, em vista de pedidos frequentes, permanecem impassíveis.
Dentre alegações, a mais comum é "inabilidade" para atender tais pedidos.
E ai, meus amigos, a filosofia começa a ficar mais complexa.
Relacionamentos existem apenas pela propensão um do outro de estarem juntos, onde nenhum dos dois pode/deve ter benefícios? Serão os relacionamentos totalmente desprovidos de interesse? Devem ser os relacionamentos ideais totalmente desprovidos de qualquer interesse?
Pode, um dos envolvidos, pleitear o que lhe faz falta?
Caso não seja atendido, não consiga receber o que precisa, o "precisado" deve permanecer inabalável, porque, tendo alegado amor pelo outro, subentendeu que seria também na dificuldade?
Até onde a pessoa que pleiteia receber no relacionamento o que sente falta, no caso aqui chamei de "precisado", pode aguardar?
Quando o relacionamento se torna um mutante de sua versão inicial, esse encontro entre as pessoas torna-se"desnaturado". Acredito que se não houver uma busca de entendimento, e uma busca altruísta em satisfazer o outro (afinal, se é amor, entendo que não há um sacrifício tão monumental), a convivência deixa de fazer sentido.
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