É a casinha de ------! Na hora não percebo que não sei o nome da mulher.
Abaixo para acariciar o gato branco que cumprimenta enrolando-se em minhas panturrilhas,
A anfitriã não está, e nem seria necessário que estivesse porque conheço tudo aqui.
O ambiente é pequeno e aconchegante, porém cheio de janelas que sempre me dão trabalho para fechar.
Não entendo por quê a dona ao invés de fechar as folhas de vidro apenas as encosta uma na outra, como se morasse em algum planeta onde nunca ventou, nem nunca existiu violência.
Enquanto afasto as mobílias e me ajoelho para fechar os trincos do primeiro par de portas, me flagro julgando a mulher como "uma enorme descuidada".
Vou fechar as venezianas de madeira, os vidros e para completar as cortinas floridas.
Conforme executo a tarefa, os ambientes ganham uma tonalidade fraca de marrom.
Satisfeita, repasso o olhar por cada porta e janela de vidro que não representam mais perigo para o cachorro que vai vir passar a noite.
Não tem como ele escapar, nem perder-se no mundo lá fora! Ele e o gato vão ter que se virar para se entenderem. Mas gatos são como pássaros, e quando precisam se mantém facilmente fora de alcance de humanos e cachorros.
Gatos são mais espertos, mas cães mais puros. Nem tenho vergonha de pensar assim.
Hora de ir.
Ainda próxima olho para a casa. Tão frágil assim, toda envidraçada. Sinto que, por trás das venezianas agora trancadas, as cortinas fechadas ajudam a proteger o interior dos curiosos. Lá dentro deve estar aconchegante feito cama num dia de inverno.
Eles vão ficar bem, os dois.
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